sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Pelo resto da minha vida

Pelo resto da minha vida eu quero crer
Quero acreditar que todo esse mal não pode vencer
Quero olhar pra mim e simplesmente ver
Enxergar em mim uma pessoa capaz de crescer

Pelo resto da minha vida eu quero orar
Focar meus melhores pensamentos em quem mais precisar
Deixar meu egoísmo de lado, olhar pro meu irmão
Saber quando devo apenas cuidar de mim e quando devo estender a mão

Pelo resto da minha vida quero deixar fluir
Fluir em mim tudo de bom que conseguir
Deixar correr pelas minhas veias o amor
E nunca, nunca mesmo perder esse calor
O calor de viver, de agradecer
O calor de mais do que ter, ser

Pelo resto da minha vida eu vou lembrar
Do que eu fui, do que eu sou
E manter viva a lembrança de tudo que me marcou
Passado é passado, se foi, ficou
E graças a Deus, novas memórias sempre vem pra me levantar

domingo, 7 de outubro de 2012

Beco

Rondava por aí, perdida e dispersa
Vazia e complexa, inocente e perversa
Vagava, divagava e se perguntava
Como chegara até ali, nesse beco sem fim
Milhões de perguntas pra nenhuma resposta
E nenhuma resposta respondia a principal pergunta
Como iria sair dessa vida imunda?

Os erros se amontoavam nos sacos de lixo
A sensação que tinha era de que não passava de um bicho
Agindo por instinto, por impulso
Se destruindo aos poucos, perdendo o pulso

Pelos muros do beco, nos tijolos velhos, encontrou
Havia uma falha, um buraco que deixava uma pequena faixa de luz entrar
Na ponta dos pés, se esticou pra enxergar
Do outro lado, outro mundo
Do outro lado, o mesmo mundo, só que menos pesado
Não sabia o que teria se fosse até lá
Mas precisava descobrir como retirar o resto dos tijolos que a prendiam do lado de cá.