sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Lar, (não tão doce) lar

Sorriso de criança, hoje é só uma lembrança
Um fato passado, passado pra trás, nem vejo mais esperança
De voltar, de ser como era antes, de ter esse mesmo semblante inocente
Que ficou gravado no papel, na eternidade da fotografia que traduzia a realidade
Mas hoje não é nada mais que uma imagem errante, tão longe da verdade

Ainda sorrio, graças a Deus
Ainda tenho nos olhos um feixe de luz
Mas no momento a luz é fraca, o sorriso vem pela metade
Não dá pra fingir que o mundo não pesa
Dia após dia, não cessa.
Não dá pra cerrar os olhos pra não ver, não dá pra enganar o coração e não sentir
Meus sentidos me dizem que muita coisa ainda tá por vir.

Sinto falta do sorriso antigo, do coração sereno
Sinto falta de quando o mundo era um lugar tranquilo e ameno
Mas sentir falta não vai trazer de volta
Sentir falta só faz aumentar a revolta
O mundo não te dá a chance de parar pra chorar e se recuperar
O mundo te quer por inteiro, e você tem que correr muito rápido se quiser escapar.