domingo, 7 de outubro de 2012

Beco

Rondava por aí, perdida e dispersa
Vazia e complexa, inocente e perversa
Vagava, divagava e se perguntava
Como chegara até ali, nesse beco sem fim
Milhões de perguntas pra nenhuma resposta
E nenhuma resposta respondia a principal pergunta
Como iria sair dessa vida imunda?

Os erros se amontoavam nos sacos de lixo
A sensação que tinha era de que não passava de um bicho
Agindo por instinto, por impulso
Se destruindo aos poucos, perdendo o pulso

Pelos muros do beco, nos tijolos velhos, encontrou
Havia uma falha, um buraco que deixava uma pequena faixa de luz entrar
Na ponta dos pés, se esticou pra enxergar
Do outro lado, outro mundo
Do outro lado, o mesmo mundo, só que menos pesado
Não sabia o que teria se fosse até lá
Mas precisava descobrir como retirar o resto dos tijolos que a prendiam do lado de cá.

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